Finanças, uma arma contra o desemprego


No ano passado, a taxa média de desemprego ficou em 8,5%. Para se ter uma ideia de como o desemprego aumentou, basta comparar com a taxa do ano anterior, 6,8%. A situação ainda deve ficar mais grave, pois as empresas aguentam o quanto podem antes de demitir, devido aos altos custos trabalhistas e por causa da falta de mão de obra qualificada no mercado. Entretanto, como a recessão econômica se aprofundou, o quadro de desemprego deve se deteriorar.

Todos sentem os impactos do desemprego, seja no ambiente de trabalho ou na vida pessoal. O tema não é nada agradável, até preferia não ter que escrever sobre o assunto. No entanto, é melhor se preparar e enfrentar a realidade do que passar aperto financeiro.
Reserva mínima necessária
A reserva acumulada para as emergência é o bem mais fundamental em épocas de recessão. Um valor equivalente entre seis e 12 vezes os gastos mensais é o mínimo para superar esse momento com mais tranquilidade.

Como não sabemos ao certo em quanto tempo um profissional consegue se recolocar, se em algumas semanas ou meses, é melhor não desafiar a sorte.
Como não encontrei um estudo mais recente sobre o tema, a Pesquisa dos Profissionais Brasileiros da Catho, de novembro de 2014, ainda dá uma luz. O brasileiro demorava, em média, 6,1 meses para se recolocar no mercado de trabalho. A mulher levava mais tempo, 6,7 meses. Esse levantamento entrevistou mais de 26 mil profissionais, sendo que 65% estavam empregados e eram de grandes empresas, aquelas com mais de 500 funcionários. A situação atual é pior.

Plano financeiro reorganizado
Um plano serve para guiar as decisões financeiras. É intuitivo que, após ele ter sido definido, deva ser cumprido. No entanto, por incrível que pareça, os planos não são seguidos.

Todo plano deve ser flexível, ajustes periódicos são necessários. Procure, no entanto, manter a direção sob controle. Como os resultados nas finanças pessoais demoram a aparecer, pois levam meses ou anos para serem alcançados, os planos são submetidos a repetidas alterações.

Investimentos mais favoráveis
Em cenários nebulosos é melhor não se aventurar. Aplique seu dinheiro em investimentos de baixo risco e alta liquidez, como fundos referenciados DI ou títulos do Tesouro.

Limite suas aplicações com prazos de vencimentos mais longos ou de alta volatilidade, principalmente se a situação na empresa onde você trabalha não é das mais tranquilas.

Fundos cambiais, de ações e até os fundos multimercado de alto risco podem apresentar variações negativas no curto prazo, e como a sua preocupação é com os próximos meses, restrinja essas aplicações a percentuais reduzidos.
O desemprego elevado e a inflação alta são experiências que podem tornar as pessoas mais pessimistas, com menos apetite por risco e mais desconfiadas do mercado financeiro.

Grandes decisões financeiras
Quando a economia não vai bem, é melhor adiar a aquisição de um imóvel ou a contração de uma dívida. Os juros estão altos e o futuro é incerto.
Sugiro que aguarde a situação amenizar para conseguir fazer bons negócios.

Aposentadoria
A disciplina de investir regularmente é logo impactada quando a situação econômica do país é crítica. Por isso, é muito importante tirar vantagem nos tempos de bonança, seguindo um plano para acumular recursos para o futuro.

Se você reduzir as contribuições mensais ou deixar de fazer os aportes regulares, a data prevista para se aposentar terá que ser postergada.

Para quem ainda nem pensou sobre o assunto, não espere até o próximo ciclo de recessão para começar.
Conclusão
Não podemos esquecer que todo ciclo tem um fim. Siga o plano definido e utilize o dinheiro de forma inteligente. Dessa forma, você conseguirá ter o controle da suas contas e estará mais resistente se tiver que apertar o cinto de novo.

Você tem reserva para emergências? Por quanto tempo conseguiria pagar suas contas se perdesse o emprego? Essas são duas perguntas que devemos sempre saber responder, pois, ainda que não tenhamos controle sobre determinadas situações adversas, podemos ter as rédeas das nossas próprias finanças.
Por Orama

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