Não é função do governo gerar emprego
Há quatro anos, estava em uma conferência em Chicago e a fala do prefeito, Rahm Emanuel, me marcou. Ele disse: “Não é função do governo gerar emprego. É função do governo dar condições para as empresas gerarem”. Quando ouvi aquilo, comecei a refletir sobre o governo do Brasil, predominantemente assistencialista, no qual, o que conquistava os votos eram as diversas bolsas, sejam elas ‘escola’ ou ‘família’. E será que se as pessoas fossem estimuladas a trabalhar e não a ganhar, tivessem boas oportunidades de emprego, a crise que assola o nosso país poderia ter afetado de forma mais branda? Eu não sei responder, mas com o resultado das eleições municipais, divulgado no último domingo, acredito que podemos fazer uma avaliação. As urnas provam o fim de uma era populista.
O PT perdeu o apoio dos eleitores em praticamente todas as capitais do país. Só conquistou a prefeitura de Rio Branco e segue na disputa pelo 2º turno em Recife.
Toda a corrupção, lava-jato, impeachment, tem feito com que o Brasil passe por um momento de reestruturação política, onde a tentativa de um governo mais populista não é a solução esperada pela maioria da população. Esse modelo falhou não só pela má estruturação das políticas públicas, mas pela enxurrada de corrupção e falta de credibilidade do governo.
Agora, esses novos gestores que ganharam o voto de confiança dos cidadãos precisam assumir as prefeituras, com uma nova postura de oferecer condição para as empresas gerarem emprego.
Não sou tão otimista que o nosso mercado passará por melhoras significativas nos próximos tempos. Afinal, o governo ainda precisa se preocupar com o fluxo de caixa e a reforma da previdência é uma das prioridades. Mas acredito que é possível crescer se o governo oferecer melhores condições para os empresários.
O que peço é menos burocracia, condições de empregar, de fazer empresas livres para gerar riqueza e transformar o nosso país em um lugar melhor.
Por Fred Rocha
Fonte: Administradores.com
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