Durante a Guerra do Vietnam, os bonzos, sacerdotes budistas, ateavam fogo às vestes em imolação pública de protesto contra a presença americana no território vietnamita. Anos após, Robert McNamara, à época Ministro da Defesa dos USA, diria: “A coragem impassível daqueles bonzos em chamas foi uma das mais poderosas armas utilizadas contra nós no Vietnam”. Recentemente, o mundo assistiu atônito à eclosão da Primavera Árabe, que se iniciou no norte da Tunísia com um jovem que ateou fogo às próprias vestes como ato de protesto contra o regime totalitário prevalecente nos países islâmicos. Não resisto à comparação desses eventos históricos trágicos com a onda de suicídios, estresse desmesurado, síndromes de pânico, inusitadas doenças psicológicas profissionais que convivemos hoje no mundo das organizações e, é claro, também aqui no Brasil, se bem que de forma ainda mais dissimulada, como se esse drama não nos atingisse igualmente. Bem, compreendo, alguns dirão: “Mas que absurdo –...